Era cedo e o sol ainda se preparava para acordar quando a nuvem negra cobriu a luz na janela. Os olhos se fecharam e embevecida de seu próprio veneno esqueceu estar viva.
Os desejos não atendidos já pulsavam moribundos, afinal, de que adiantavam tantos pensamentos? Para que serviam idéias que apenas passeavam em sua mente? Sonhos rejeitados antes de serem sonhados? Ousadias reservadas à própria intimidade?
Mas ela pensava...
Pensava... Até sentir de novo o bafo da noite e ver o céu anunciar mais uma chance de ser feliz. Afinal era apenas ali, em meio aquela escuridão, que ela era capaz de existir. Era na escuridão que seus pensamentos ganhavam formas, cores e cheiros. Que seu mundo existia.
Era na escuridão que ela era...
Por diversas vezes, a vida inteira, falei a mim mesma "E se... o cabelo não fosse encaracolado... se fosse magra... se fosse menos sorridente... se estudasse menos... me divertisse mais... se fosse outra a profissão..." Bom, azar ou felicidade, decidi compartilhar meus eternos E se... com vocês em um passeio ao único universo que posso chamar de meu.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
Apenas a certeza de não ser
Os mais sábios que desculpem minha constante ignorância. É que minha verdade passeia longe da sedutora carapuça da intelectualidade.
Minha luz é fagulha tateando pelo maravilhoso universo das incertezas em mares onde o SER implica em NÃO SER e a dúvida é a única constante.
Minha luz é fagulha tateando pelo maravilhoso universo das incertezas em mares onde o SER implica em NÃO SER e a dúvida é a única constante.
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